segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sugestão de Tema da semana

O tema da redação do ENEM é sempre um enigma.
Por isso, é importante ficar por dentro das noticias atuais e praticar muito sua escrita.
Para te ajudar, a partir dessa semana iremos sugerir temas para sua redação.
Envie para correção e tire nota mil no ENEM!!
Vamos lá?

O HPV (papilomavírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, pode provocar a formação de verrugas na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal, genital e da uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer).
Em março deste ano, o governo iniciou uma campanha de vacinação para meninas de 11 a 13 anos nos postos de saúde.
Após refletir sobre as informações acima, redija um texto dissertativo-argumentativo , em variante padrão, a respeito desta temática:  A prevenção do HPV através da vacinação.

Texto 1
Publicado: 10 Março 2014
Meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas de 11 a 13 anos. O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres
Nesta segunda-feira (10), postos de saúde e escolas públicas e privadas iniciam a vacinação contra HPV em meninas de 11 a 13 anos. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas nessa faixa-etária. O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto. A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde, Arthur Chioro, darão início à vacinação em cerimônia, nesta segunda-feira (10), no Centro de Ensino Unificado Professora Elisabeth Gaspar Tunala, em São Paulo (SP).
Para garantir maior cobertura vacinal, o Ministério da Saúde recomenda que a primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia. A vacina – que passa a integrar o calendário nacional - também estará disponível nas 36 mil salas de vacinação da rede pública de saúde durante todo o ano. A segunda será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.
As secretarias municipais de Saúde foram orientadas a programar a vacinação nas escolas a partir desta segunda-feira (10). As instituições de ensino devem informar, com antecedência, aos pais ou responsáveis a data de vacinação. Tanto no ambiente escolar como nos postos de saúde, a vacina será aplicada por profissionais de saúde.
Os pais ou responsáveis que não quiserem que a adolescente seja vacinada deverão preencher e enviar à escola o termo de recusa distribuído pela instituição de ensino antes da vacinação. No caso das unidades de saúde, é importante que a adolescente apresente a caderneta de vacinação. Para assegurar a aplicação das três doses, o serviço de saúde vai registrar cada adolescente imunizada, monitorar a cobertura vacinal e realizar, se necessário, a busca ativa das meninas.
Acessado em 09/06/2014

Texto 2

Médico autor de artigo que circula na web faz críticas à vacinação do HPV

Médico da família e comunidade em um posto de saúde em Porto Alegre, Eno Dias de Castro Filho, disponibilizou no site do TelessaúdeRS (programa que utiliza a qualificação dos profissionais de Estratégia da Saúde da Família por meio da oferta de teleconsultoria), no qual atua, "uma avaliação crítica sobre a vacina do HPV, introduzida pelo Ministério da Saúde" que se tornou viral. Ele foi amplamente divulgado por pais contrários à vacina e indicam que nem todos os médicos são favoráveis à imunização, apesar de várias autoridades de saúde, laboratório e governo garantirem sua eficácia e segurança
No texto, o médico, que é doutor em epidemiologia pela UFGRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), responde a questões enviadas por uma colega sobre a imunização. "Para respondê-la, segui uma metodologia científica rigorosa, baseada nas evidências mais sólidas", conta ele, que cita todas suas fontes no documento.
Ele afirma que qualquer novo medicamento, tratamento médico ou vacina tem de demonstrar que funciona, causando mais benefícios que malefícios. "Esta vacina não demonstrou nenhum deles. Não sabemos se funciona efetivamente e se não vai causar efeitos colaterais graves", diz.
O médico explica que do surgimento das lesões até o aparecimento de um câncer cervical leva-se em média 30 anos. "Muitos estudos duraram poucos anos e detectaram efeitos da vacina sobre lesões precoces e não contra a doença em si". Segundo ele, de 545 mulheres vacinadas, apenas uma será protegida contra as lesões mais graves que poderiam gerar câncer. 
Outro ponto levantado por Castro Filho é que a vacina protege contra quatro tipos de vírus HPV, dois deles associados ao câncer: "Não se sabe, porém, se ao se proteger contra dois tipos, dois outros não tomarão o lugar daqueles. É o que chamamos de 'efeito do nicho ecológico vazio' -  você tira uma espécie e outras podem ocupar aquele espaço. Fora que muitas lesões precursoras voltam ao normal, sozinhas, sem sequer tratamento, com o passar do tempo".

Efeitos graves

De acordo com Castro Filho, a vacina teve mais efeitos colaterais graves que a de meningite e gripe, por exemplo. "Não dá para condená-la nem defendê-la, porém, há tribunais pelo mundo que estão julgando a farmacêutica que a criou", avisa o médico, referindo-se a casos como o de uma jovem francesa que entrou na Justiça contra a fabricante da vacina por ter ficado sem poder andar e enxergar direito após receber uma dose.
O médico também menciona um estudo com adolescentes que tomaram a vacina quadrivalente na Dinamarca e na Suécia e que, logo depois, tiveram doenças graves e autoimunes como síndrome de Behcet, doença de Raynaud e diabetes tipo 1. O trabalho foi publicado no British Medical Journal (BMJ). Outros efeitos colaterais apontados num levantamento feito nos Estados Unidos foram uveíte, falência ovariana induzida pelos adjuvantes vacinais e síndrome da taquicardia postural. De 12.424 relatos, 772 deles foram considerados severos, incluindo 32 mortes.
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HPV e gripe

À despeito dos relatos de efeitos adversos, Castro Filho defende que a vacinação ainda não se confirmou eficaz a ponto de justificar um investimento alto do governo. "Este tipo de atitude não está restrito ao Brasil nem ao HPV. Revisões sistemáticas já comprovaram que vacinas contra a gripe não funcionam, por exemplo. Na Polônia não houve vacinação e o número de casos não se alterou por causa disso. No nosso caso há um medo político, afinal, se outros países fizeram as vacinações, se não fizerem aqui, podem perder votos".

O médico Daniel Knupp, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, em Minas Gerais, também considera que os relatos de efeitos colaterais disponíveis não são suficientes para condenar a vacina do HPV. "De acordo com o sistema internacional de informação sobre efeitos adversos de vacinas (Vaers, na sigla em inglês), são 80 casos de doenças graves para cada 100 mil doses aplicadas, pouco mais que a vacina contra a gripe, que apresenta 20 casos para 100 mil", informa.
Para Knupp, o que está em jogo é uma possível "supermedicalização desnecessária" de adolescentes, pois ainda é impossível saber se a vacina realmente reduz os casos de câncer de colo de útero - isso só será confirmado, ou não, em algumas décadas.
Ele faz questão de ressaltar que não se trata de criar polêmica ou demonizar as campanhas - algumas delas mudaram a história da humanidade. "Mas hoje temos algumas vacinas que não são tão eficazes e, mesmo que os efeitos adversos sejam pouco comuns, as pessoas passam a questionar a vantagem de se vacinar", comenta, referindo-se ao HPV e à gripe, que, na maioria das vezes, são combatidos naturalmente pelo organismo. "A nossa posição, portanto, é que não é possível definir uma recomendação", conclui. 

Acessado em 09/06/2014


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