quinta-feira, 26 de junho de 2014

Uso do Porquê

Uso do Porquê

Por que – Preposição Por + pronome interrogativo que = por que motivo, por que razão.
Faça sempre a troca das expressões para ter certeza do uso correto.
Ex: Por que você ainda não enviou sua redação para correção?

Porque- Conjunção = pois, como, uma vez que.
Usado para explicações ou causas.
Ex: Estou feliz porque consegui uma boa nota na redação.

Porquê – Substantivo= razão, motivo.
Ex.: Nós sabemos o porquê de sua nota baixa.

Por quê – Em final de frase antes de um ponto.

Ex: Você está com preguiça por quê?


Concentração

Grande parte dos estudantes tem dificuldade em se concentrar. Isso acontece com você?

Veja algumas dicas para melhorar sua concentração.

Música Instrumental: Esse tipo de música ajuda na concentração. Aquela velha forma de estudar com fones de ouvidos pode ser útil, desde que a música não tenha letra ou a letra seja em uma língua que não conhece.

Fazer Resumos: Os resumos são fortes aliados na hora da concentração. Tente parafrasear o que está estudando e não copiar. Isso vai ajudá-lo a gravar na memória a matéria e a ter mais atenção no que está estudando.

Mudar a matéria a cada 90 minutos: Faça uma pausa a cada 90 minutos e troque a matéria a ser estudada. Muito tempo com o mesmo conteúdo pode causar distração.

Leia: A leitura é um forte aliado à concentração. Leia sempre. Tente se concentrar em cada palavra e no 
significado da frase. Leia devagar. Isso vai ajudá-lo.

Revisar a matéria: Tente revisar a matéria aprendida no mesmo dia e fazer exercícios no dia seguinte. Isso vai ajudá-lo na concentração e na memorização.

Lembre-se que a concentração e a memorização ajudam muitos alunos na hora do exame.


Envie seu texto para correção. A primeira é grátis: redacaonotamil@gmail.com


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Redação - Concursos Públicos



Hoje daremos início aos estudos da língua portuguesa para concursos públicos. Serão sugeridos temas para o treino das redações, dicas de gramática e informações sobre os principais concursos do país.

As redações em concursos públicos têm peso grande na soma final das notas. O tema nem sempre pode ser previsto, visto que geralmente é relacionado ao cargo em questão. Portanto, para uma boa redação é imprescindível conhecimento do assunto.  É importante também, conhecer a banca examinadora. Pesquise prova anteriores e faça muitos exercícios.

Apenas não é aprovado, aquele que desiste!




Vamos ao primeiro tema:

Concurso TRT 12ª Região 2013 – FCC
Cargo: Analista Judiciário – Área Administrativa

Deverão ser rigorosamente observados os limites mínimo de 20 (vinte) linhas
e máximo de 30 (trinta) linhas, sob pena de perda de pontos a serem atribuídos à Redação.

A ideia de literatura foi se moldando em função da história, das condições sociais, da figura do escritor e do leitor, do
papel da palavra escrita e assim por diante. Transformado em produto, em simples mercadoria, o livro foi perdendo sua
aura sagrada. Literatura é um fato da cultura humana, um objeto contingente, ao sabor da história e dos valores de seu
tempo.
(Adaptado de: Cristóvão Tezza. O Espírito da prosa. Rio de Janeiro: Record, 2012. Formato: ePub.)

Com base no que está transcrito acima, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema:


A literatura no momento histórico atual

Envie seu texto para correção: redacaonotamil@gmail.com

A primeira é grátis!

terça-feira, 24 de junho de 2014

Nova proposta de tema

Os temas sugeridos pelo Redação Nota Mil são atuais, porém podem não ser o tema da redação. Isso não impede que você treine , pois o importante é estar por dentro de tudo e saber como escrever um bom texto
Envie para correção : redacaonotamil@gmail.com


A Copa do Mundo no Brasil é assunto atual e polêmico. Tem sido aposta como tema há alguns anos, porém o evento acontece em 2014.

Vamos lá?

Grandes eventos acontecem em todo o mundo periodicamente.  O Brasil , país que atualmente é sede da Copa do Mundo de Futebol, também sediará as Olimpíadas de 2016. Considerando os últimos eventos realizados em outros países e os eventos no Brasil, escreva um texto dissertativo- argumentativo sobre o tema: “ O legado de eventos grandiosos para países sede.”
Algumas dicas: - Atente-se para o número de linhas.   
                         - Evite o senso comum.

Coletânea de textos:

Texto 1
Sediar a Copa de 2010 valeu a pena para a África do Sul? No mês passado, a BBC Brasil fez esta pergunta a dezenas de sul-africanos durante uma viagem de dez dias pelos arredores de Johanesburgo e da Cidade do Cabo, duas das mais populosas cidades do país.
Foram questionados moradores de áreas ricas e pobres; brancos, negros e mestiços; fanáticos por futebol e pessoas que não dão a mínima para o esporte.
Quase todos disseram que, apesar dos gastos bilionários e do frustrante desempenho da seleção anfitriã – eliminada ainda na primeira fase do evento –, sediar a Copa foi um bom negócio para o país.
As razões para a resposta variaram conforme o grupo indagado. Enquanto alguns citaram efeitos imateriais do torneio – como um certo sentimento de unidade nacional gerado pelo evento –, outros destacaram melhorias urbanas associadas à Copa.
Impulso ao futebol
Num campo de terra em Soweto, cidade próxima a Joanesburgo, onde foi disputada a final do Mundial de 2010, jovens negros disseram que a Copa impulsionou o futebol no país.
Ainda que o futebol seja o esporte preferido da maioria dos sul-africanos, a seleção local jamais teve conquistas internacionais comparáveis às da equipe sul-africana de rúgbi.
O time de rúgbi venceu a Copa do Mundo duas vezes – a primeira delas em torneio disputado na própria África do Sul, em 1995.
Já a maior conquista da seleção de futebol sul-africana foi um título da Copa Africana de Futebol, em 1996.
Para Sihle Mnyatheli, de 15 anos, após a Copa de 2010, o futebol ganhou maior respaldo de autoridades desportivas e governamentais no país. Desde então, afirma ele, mais jogadores de futebol se profissionalizaram na África do Sul.
Martin Modluli, de 17 anos, diz ainda que o Mundial fortaleceu e modernizou as ligas locais de futebol amador. Após o torneio, segundo Modluli, jogadores como ele ganharam a liberdade de trocar de time sem a necessidade de aval do técnico.
União nacional
Num campo de rúgbi de uma das universidades mais caras da África do Sul, frequentada principalmente por sul-africanos brancos, a maioria dos entrevistados também disse acreditar que a Copa teve um impacto positivo no país.
"Não costumo assistir muito futebol, mas a atmosfera que a Copa trouxe para a África do Sul foi incrível", diz Andrew Ferguson, aluno branco da Universidade de Stellenbosch, na província do Cabo Ocidental.
Para Marias Singleton, também branco, a Copa "aproximou estranhos, pessoas com diferentes culturas, raças e religiões".
"Acho que ela foi boa para nosso país, levando em conta o passado que tivemos. A Copa nos uniu".
Melhorias no transporte
Em Johanesburgo, maior cidade sul-africana, muitos entrevistados disseram que a Copa ajudou a melhorar o transporte público local.
Pouco antes do torneio, foram inaugurados os primeiros trechos de um sistema de corredores de ônibus (BRT) e de um trem de alta velocidade.
Numa cidade sufocada pelo trânsito e em que, até então, a maioria dos moradores dependia de carros ou lotações para se deslocar, os investimentos tiveram um impacto sensível.
Todos os entrevistados reconhecem, porém, que as mudanças não resolveram os problemas de transporte na cidade.
"Sim, algumas melhorias ocorreram. Os benefícios são visíveis, mas há muito ainda a ser feito para melhorar o transporte público", diz Linda Mnisi.
"Continuamos pagando pelas obras. Os gastos ainda estão afetando quem paga impostos."
Mnisi diz ainda que a construção da linha de trem de alta velocidade favoreceu apenas os moradores mais ricos de Johanesburgo - os bilhetes custam entre R$ 26 e R$30.
Legados menos duradouros
Para Albert Grundlingh, professor e diretor do departamento de história da Universidade de Stellenbosch, é injusto esperar que um evento esportivo como a Copa exerça um "papel relevante na construção da identidade nacional".
Ele diz ainda que a Copa de 2010 deixou para a África do Sul legados menos duradouros que o Mundial de rúgbi sediado no país em 1995.
Naquele ano, afirma Grundlingh, o país acabava de deixar o apartheid e pôde mostrar ao mundo sua nova face. "A África do Sul rompeu seu isolamento."
Já em 2010, diz ele, o país vivia situação diferente: ainda que as divisões sociais estruturais de 1995 permanecessem, havia ocorrido um grande aumento da classe média negra e a nação desfrutava de certo amadurecimento democrático.
Por que, então, a decisão de sediar a Copa de 2010 foi tão bem recebida pelos sul-africanos?
"Por causa da atração que o futebol exerce neste país, por sua popularidade principalmente entre os negros. Isso explica a euforia."
"Mas precisamos avaliar o quão durável foi isso, o quão rápido evaporou e que tipos de legados deixou. Aí a análise se torna mais problemática", afirma.
O professor cita a construção de estádios – como o da Cidade do Cabo ou o de Nelspruit – que, após o Mundial, se provaram insustentáveis economicamente. No entanto, ele diz que o tema raramente é debatido no país.
"Os sul-africanos estão mais preocupados com incompetência de políticos do que com esportes. O esporte é visto como um escapismo, não como um fato social."
"O futebol gera uma participação massiva, mas não uma reflexão massiva no país."
Texto 2


Novidades

Após alguns dias de férias, o nosso Blog volta com força total!

Estamos preparando um material incrível para ajudar em seus estudos. Serão vários exercícios retirados de provas do ENEM, vestibulares e  concursos públicos.

Aguardem!

Enquanto o material não fica pronto, vamos postando alguns aperitivos pra vocês:

1) - (PUC-MG) Assinale a frase em que o meio funciona como advérbio:

(a) Só quero meio quilo de linguiça.
(b) Achei-o meio triste.
(c) Descobri o meio de acertar.
(d) Parou no meio da rua.
(e) Comprou um metro e meio de tecido.

Gabarito: Letra B




segunda-feira, 16 de junho de 2014

Proposta de Redação

A Copa do Mundo está acontecendo, mas precisamos estudar!
Para ajudar na sua aprovação, aí vai mais um tema proposto.
Leia os textos com atenção e envie sua redação para redacaonotamil@gmail.com

Há 50 anos o Brasil foi palco de acontecimentos políticos tão dramáticos e relevantes que ainda hoje continuam em discussão: o golpe militar de 1964. Em 16 de maio de 2012, foi instituída a Comissão Nacional da Verdade com o intuito de apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.
Após refletir sobre os fatos ocorridos e sobre tal comissão, redija um texto dissertativo- argumentativo, em linguagem formal, no qual seja discutida a seguinte questão:
            “Ditadura e repressão: são dois lados da mesma moeda?”


A instalação da Comissão Nacional da Verdade

Relato, áudio e vídeo sobre a instalação da CNV, em 16 de maio de 2012
A Comissão Nacional da Verdade foi instalada em 16 de maio de 2012. Ela terá prazo de dois anos para apurar violações aos direitos humanos ocorridas no período entre 1946 e 1988, que inclui a ditadura (1964-1985).
Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff deu posse aos sete integrantes da comissão: Cláudio Fonteles, Gilson Dipp, José Carlos Dias, João Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro e Rosa Maria Cardoso da Cunha. Na ocasião, Dilma ressaltou que eles foram escolhidos pela competência e pela capacidade de entender a dimensão do trabalho que vão executar.
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Fernando Collor de Mello participaram da cerimônia e foram citados por Dilma em seu discurso, pelo papel que tiveram, durante seus governos, na consolidação do processo de resgate da história brasileira durante a ditadura militar.
Ao instalar a comissão, a presidenta Dilma destacou que o Brasil precisa conhecer a totalidade de sua história e disse que as investigações não serão movidas pelo ódio ou revanchismo. "A ignorância sobre a história não pacifica, pelo contrário, mantém latente mágoas e rancores", acrescentou. Parafraseando Galileu Galilei, a presidenta lembrou que "a força pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente, o medo pode adiá-la, mas o tempo acaba por trazer a luz. Hoje, esse tempo chegou".

O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, membro da comissão, disse que ela é "passo relevante para consolidação da sociedade democrática brasileira" na luta contra a violência política, onde viceja o esforço das vitimas da repressão estatal. Ele lembrou iniciativas importantes para chegarmos à criação desta comissão, como o livro Tortura, Nunca Mais, elaborado pela Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo em 1985, homenageando o esforço heroico de Dom Paulo Evaristo Arns. "A história vale pelo que conta e pelo que dela se espera", disse.
Desaparecidos políticos
A lei que estabeleceu a Comissão da Verdade foi sancionada por Dilma em novembro de 2011. O foco principal será apurar casos de desaparecidos políticos. De acordo com o livro-documento Direito à Memória e à Verdade, elaborado pelo governo federal, há 150 casos de opositores do regime militar que desapareceram após serem presos ou sequestrados por agentes do Estado. Não há registro da prisão deles em nenhum tribunal ou presídio, os advogados não foram notificados e os familiares até hoje procuram esclarecimentos sobre onde estão os corpos das vítimas.
Em 2010, o Brasil foi condenado na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA em ação movida por familiares de mortos e desaparecidos na Guerrilha do Araguaia - ação armada desencadeada pelo PC do B, entre 1972 e 1974, na região de Marabá, no Pará.
"O Brasil merece a verdade, as novas gerações merecem a verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia. É como se disséssemos que, se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de escrevê-la", destacou a presidenta.
"O direito à verdade é um direito bem estabelecido no direito internacional e tem a estratégia abrangente de evitar violações no futuro", disse Américo Ingalcaterra, representante regional do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos. Ele acrescentou que a comissão do Brasil será um exemplo encorajador para todo o mundo pois significa um compromisso real com a defesa dos direitos humanos, da memória das vítimas e a suas famílias. "Vai ajudar a reconciliação do Brasil com seu passado", acrescentou, ao colocar o escritório das Nações Unidas à disposição da comissão.
http://www.cnv.gov.br/index.php/institucional-acesso-informacao/a-cnv/57-a-instalacao-da-comissao-nacional-da-verdade

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sugestão de Tema da semana

O tema da redação do ENEM é sempre um enigma.
Por isso, é importante ficar por dentro das noticias atuais e praticar muito sua escrita.
Para te ajudar, a partir dessa semana iremos sugerir temas para sua redação.
Envie para correção e tire nota mil no ENEM!!
Vamos lá?

O HPV (papilomavírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, pode provocar a formação de verrugas na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal, genital e da uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer).
Em março deste ano, o governo iniciou uma campanha de vacinação para meninas de 11 a 13 anos nos postos de saúde.
Após refletir sobre as informações acima, redija um texto dissertativo-argumentativo , em variante padrão, a respeito desta temática:  A prevenção do HPV através da vacinação.

Texto 1
Publicado: 10 Março 2014
Meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas de 11 a 13 anos. O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres
Nesta segunda-feira (10), postos de saúde e escolas públicas e privadas iniciam a vacinação contra HPV em meninas de 11 a 13 anos. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas nessa faixa-etária. O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto. A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde, Arthur Chioro, darão início à vacinação em cerimônia, nesta segunda-feira (10), no Centro de Ensino Unificado Professora Elisabeth Gaspar Tunala, em São Paulo (SP).
Para garantir maior cobertura vacinal, o Ministério da Saúde recomenda que a primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia. A vacina – que passa a integrar o calendário nacional - também estará disponível nas 36 mil salas de vacinação da rede pública de saúde durante todo o ano. A segunda será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.
As secretarias municipais de Saúde foram orientadas a programar a vacinação nas escolas a partir desta segunda-feira (10). As instituições de ensino devem informar, com antecedência, aos pais ou responsáveis a data de vacinação. Tanto no ambiente escolar como nos postos de saúde, a vacina será aplicada por profissionais de saúde.
Os pais ou responsáveis que não quiserem que a adolescente seja vacinada deverão preencher e enviar à escola o termo de recusa distribuído pela instituição de ensino antes da vacinação. No caso das unidades de saúde, é importante que a adolescente apresente a caderneta de vacinação. Para assegurar a aplicação das três doses, o serviço de saúde vai registrar cada adolescente imunizada, monitorar a cobertura vacinal e realizar, se necessário, a busca ativa das meninas.
Acessado em 09/06/2014

Texto 2

Médico autor de artigo que circula na web faz críticas à vacinação do HPV

Médico da família e comunidade em um posto de saúde em Porto Alegre, Eno Dias de Castro Filho, disponibilizou no site do TelessaúdeRS (programa que utiliza a qualificação dos profissionais de Estratégia da Saúde da Família por meio da oferta de teleconsultoria), no qual atua, "uma avaliação crítica sobre a vacina do HPV, introduzida pelo Ministério da Saúde" que se tornou viral. Ele foi amplamente divulgado por pais contrários à vacina e indicam que nem todos os médicos são favoráveis à imunização, apesar de várias autoridades de saúde, laboratório e governo garantirem sua eficácia e segurança
No texto, o médico, que é doutor em epidemiologia pela UFGRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), responde a questões enviadas por uma colega sobre a imunização. "Para respondê-la, segui uma metodologia científica rigorosa, baseada nas evidências mais sólidas", conta ele, que cita todas suas fontes no documento.
Ele afirma que qualquer novo medicamento, tratamento médico ou vacina tem de demonstrar que funciona, causando mais benefícios que malefícios. "Esta vacina não demonstrou nenhum deles. Não sabemos se funciona efetivamente e se não vai causar efeitos colaterais graves", diz.
O médico explica que do surgimento das lesões até o aparecimento de um câncer cervical leva-se em média 30 anos. "Muitos estudos duraram poucos anos e detectaram efeitos da vacina sobre lesões precoces e não contra a doença em si". Segundo ele, de 545 mulheres vacinadas, apenas uma será protegida contra as lesões mais graves que poderiam gerar câncer. 
Outro ponto levantado por Castro Filho é que a vacina protege contra quatro tipos de vírus HPV, dois deles associados ao câncer: "Não se sabe, porém, se ao se proteger contra dois tipos, dois outros não tomarão o lugar daqueles. É o que chamamos de 'efeito do nicho ecológico vazio' -  você tira uma espécie e outras podem ocupar aquele espaço. Fora que muitas lesões precursoras voltam ao normal, sozinhas, sem sequer tratamento, com o passar do tempo".

Efeitos graves

De acordo com Castro Filho, a vacina teve mais efeitos colaterais graves que a de meningite e gripe, por exemplo. "Não dá para condená-la nem defendê-la, porém, há tribunais pelo mundo que estão julgando a farmacêutica que a criou", avisa o médico, referindo-se a casos como o de uma jovem francesa que entrou na Justiça contra a fabricante da vacina por ter ficado sem poder andar e enxergar direito após receber uma dose.
O médico também menciona um estudo com adolescentes que tomaram a vacina quadrivalente na Dinamarca e na Suécia e que, logo depois, tiveram doenças graves e autoimunes como síndrome de Behcet, doença de Raynaud e diabetes tipo 1. O trabalho foi publicado no British Medical Journal (BMJ). Outros efeitos colaterais apontados num levantamento feito nos Estados Unidos foram uveíte, falência ovariana induzida pelos adjuvantes vacinais e síndrome da taquicardia postural. De 12.424 relatos, 772 deles foram considerados severos, incluindo 32 mortes.
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HPV e gripe

À despeito dos relatos de efeitos adversos, Castro Filho defende que a vacinação ainda não se confirmou eficaz a ponto de justificar um investimento alto do governo. "Este tipo de atitude não está restrito ao Brasil nem ao HPV. Revisões sistemáticas já comprovaram que vacinas contra a gripe não funcionam, por exemplo. Na Polônia não houve vacinação e o número de casos não se alterou por causa disso. No nosso caso há um medo político, afinal, se outros países fizeram as vacinações, se não fizerem aqui, podem perder votos".

O médico Daniel Knupp, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, em Minas Gerais, também considera que os relatos de efeitos colaterais disponíveis não são suficientes para condenar a vacina do HPV. "De acordo com o sistema internacional de informação sobre efeitos adversos de vacinas (Vaers, na sigla em inglês), são 80 casos de doenças graves para cada 100 mil doses aplicadas, pouco mais que a vacina contra a gripe, que apresenta 20 casos para 100 mil", informa.
Para Knupp, o que está em jogo é uma possível "supermedicalização desnecessária" de adolescentes, pois ainda é impossível saber se a vacina realmente reduz os casos de câncer de colo de útero - isso só será confirmado, ou não, em algumas décadas.
Ele faz questão de ressaltar que não se trata de criar polêmica ou demonizar as campanhas - algumas delas mudaram a história da humanidade. "Mas hoje temos algumas vacinas que não são tão eficazes e, mesmo que os efeitos adversos sejam pouco comuns, as pessoas passam a questionar a vantagem de se vacinar", comenta, referindo-se ao HPV e à gripe, que, na maioria das vezes, são combatidos naturalmente pelo organismo. "A nossa posição, portanto, é que não é possível definir uma recomendação", conclui. 

Acessado em 09/06/2014


Argumentação

Hoje vamos falar sobre a argumentação.

Alguns candidatos ao vestibular ou à concursos públicos têm extrema dificuldade em argumentar sobre seu ponto de vista em seu texto. O que parece uma tarefa fácil para alguns, pode ser de grande dificuldade para outros.

Vejamos alguns meios de argumentação:

Argumento de autoridade
            É a citação de autores renomados, autoridades num certo domínio do saber, numa área da atividade humana, para corroborar uma tese, um ponto de vista. O uso de citações, de um lado, cria a imagem de que o falante conhece bem o assunto que está discutindo, porque já leu o que sobre ele pensaram outros autores; de outro, torna os autores citados fiadores da veracidade de um dado ponto de vista.

Argumento baseado no consenso
             As matemáticas trabalham axiomas, que são preposições evidentes por si mesmas e, portanto, indemonstráveis: o todo é maior do que a parte; duas quantidades iguais a uma terceira são iguais entre si, etc. Outras ciências trabalham também com máximas e proposições aceitas como verdadeiras, numa certa época, e que, portanto, prescindem de demonstração, a menos que o objetivo de um texto seja demonstrá-las. Podem-se usar, pois, essas proposições evidentes por si ou universalmente aceitas, para efeitos de argumentação.

Argumentos baseados em provas concretas
             As opiniões pessoais expressam apreciações, pontos de vista, julgamentos, que exprimem aprovação ou desaprovação. No entanto, elas terão pouco valor se não vierem apoiadas em fatos. Não se podem fazer generalizações sem apoio em dados consistentes, fidedignos, suficientes, adequados, pertinentes. As provas concretas podem ser cifras e estatísticas, dados históricos, fatos da experiência cotidiana etc. Esse tipo de argumento, quando bem feito, cria a sensação de que o texto trata de coisas verdadeiras e não apresenta opiniões gratuitas.

Argumento da competência linguística
             Em muitas situações de comunicação (discurso político, religioso, pedagógico, etc.) deve-se usar a variante culta da língua. O modo de dizer dá confiabilidade ao que se diz. Utilizar também um vocabulário adequado à situação de interlocução dá credibilidade às informações veiculadas. Se um médico não se vale de termos científicos ao fazer uma exposição sobre suas experiências, desconfiamos da validade delas. Se um professor não é capaz de usar a norma culta, achamos que ele não conhece sua disciplina. Além disso, contribui para persuadir a utilização de diferentes mecanismos linguísticos.

Observemos que para argumentar é preciso conhecer determinado assunto. Por isso, a sugestão de leituras diárias de jornais e revistas é dada com frequência.

Quanto mais você souber sobre os assuntos atuais, mais você poderá argumentar com consistência no momento da escrita de seu texto.


Referências: http://www.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_010/artigos/artigos_vivencias_10/l2.htm