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A geração "nem-nem"
Desenvolva um texto dissertativo-argumentativo , com o mínimo de 20 e o máximo de 30 linhas sobre o tema: O desafio da inclusão social juvenial na escola e no mercado de trabalho.
A GERAÇÃO 'NEM-NEM'
Um em
cada cinco brasileiros entre 18 e 25 anos não trabalha nem estuda. É a chamada
"geração nem-nem", dimensionada em estudo da Universidade Estadual do
Rio de Janeiro. Esses jovens são vítimas de um "desalento estrutural",
como analisou Fernando de Holanda Filho, professor da Fundação Getúlio
Vargas, ao jornal O Globo (16/9). Ou seja: são pessoas que desistiram de
procurar trabalho, porque não têm quase nenhuma qualificação, e tampouco
querem voltar a estudar, porque não se sentem atraídas pela escola.
No total,
há 5,3 milhões de jovens que não trabalham nem estudam, indica a pesquisa
coordenada pelo professor Adalberto Cardoso. Se fossem computados os jovens
que ainda procuram alguma ocupação, o número saltaria para 7,2 milhões. Num
país com cenário de baixo desemprego e economia em expansão (em 2010, ano em
que os números usados na pesquisa foram colhidos, o PIB cresceu 7,5%), isso
significa que uma parcela importante dos brasileiros não está participando do desenvolvimento
experimentado nos últimos anos. Uma vez sem perspectiva, alguns deles podem
cair na criminalidade.
As mulheres,
principalmente em razão da maternidade, são maioria nesse grupo - elas somam
3,5 milhões, e os homens, 1,8 milhão -, o que inclui a desigualdade de gênero
na equação. O impacto também é maior entre os mais pobres. Na parcela da
população com renda per capita de até R$ 77,75, a geração "nem-nem"
chega a 46,2%. E é notável a disparidade regional: no Norte e no Nordeste, a
incidência passa dos 25%, contra 13% no Sul e 16,8% no Sudeste.
Os países
ricos também têm seus "nem-nem", mas o motivo é a recessão
persistente, que inexiste no Brasil. Entre os 34 integrantes da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a média dos jovens que se
encontram nessa situação é de 15,8% - contabilizando-se os que ainda procuram
emprego e se considerando que a faixa etária usada como critério é mais larga,
de 15 a 29 anos.
A OCDE
afirma, no entanto, que a situação dos "nem-nem" na maioria dos
países estudados é transitória e que os motivos variam de lugar para lugar,
incluindo-se aí questões culturais - o que explica, por exemplo, que 77%
das jovens mexicanas nem trabalhem fora de casa nem estudem, preferindo
dedicar-se à formação da família.
As eventuais
dificuldades econômicas dos países integrantes da OCDE - que incluem
potências como Estados Unidos e Grã-Bretanha e também emergentes
como Turquia e México - não impediram que o investimento em educação
fosse não apenas mantido, como, em alguns casos, experimentasse sensível
ampliação. Como mostra o mais recente estudo da organização, o Education at
a Glance 2012, isso aconteceu com pelo menos 24 dos 34 membros durante os anos
de 2008 e 2009, que foram de forte crise e recessão. Segundo a OCDE, tal
cenário se explica pela conclusão generalizada de que apostar em educação
traz benefícios tanto para os indivíduos quanto para a sociedade, ainda mais em
tempos de dificuldades econômicas. Em 2008, um homem com instrução superior
nos países da OCDE ganhou, em média, 58% mais do que aquele que possuísse
apenas nível secundário. Em 2010, esse porcentual subiu para 67%.
Tal perspectiva
é semelhante no Brasil, mas, ao que parece, uma parte considerável dos jovens
brasileiros não consegue enxergar essa oportunidade, quer por
desinformação, quer porque não se sente estimulada a enfrentar a rotina de
estudos em escolas de baixa qualidade. Trata-se de um indicativo de que
o crescimento econômico brasileiro pode ter seus problemas agravados no futuro
próximo, porque é essa geração que terá de enfrentar um mercado de trabalho
cada vez mais exigente. Portanto, a escassez de mão de obra com um mínimo
de competência técnica, que é um dos entraves crônicos do desenvolvimento no
Brasil, tende a se acentuar - a não ser que haja uma virada drástica e imediata
no sistema educacional, de modo a atrair novamente essa massa de jovens para os
estudos e a especialização, fazendo-os perceber que a educação pode significar
um futuro melhor.
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-geracao-nem-nem-imp-,935944
Texto 2
http://objetivoatualidades.blogspot.com.br/2014/05/aula-13-geracao-nem-nem.html
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