sexta-feira, 25 de julho de 2014

Proposta de redação: Voto consciente

Todos preparados para o ENEM?
Faltam apenas alguns meses e agora a preparação deve ser intensificada.

Para essa semana, preparamos a proposta de redação pensando em ano de eleições. Vamos lá?

Com a Constituição Federal de 1988, o cidadão recobrou o direito ao voto.  Apesar disso, algumas pessoas não se interessam em pesquisar sobre os candidatos ao governo, em conversar sobre a política e com isso, votam sem se conscientizar da importância de tal ato.
Levando em consideração a relevância desse assunto, seus conhecimentos e os textos motivadores, elabore um texto com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas sobre o tema:
“Voto obrigatório é voto consciente?”

Envie seu texto para correção: redacaonotamil@gmail.com

Texto 1





Texto 2

Voto obrigatório cria consciência política, opinam especialistas


POR SÉRGIO RODAS OLIVEIRA

De acordo com pesquisa divulgada pelo Datafolha na primeira quinzena de maio, 61% dos brasileiros são contra o voto obrigatório. No entanto, especialistas defendem a norma, prevista no artigo 14 da Constituição Federal. Para o cientista político e professor do Insper Humberto Dantas, a exigência de votar cria consciência política nos cidadãos.

“Eu sou favorável ao voto obrigatório. Sou favorável à ideia de um mínimo de compromisso do indivíduo com a avaliação do ambiente em que ele vive, seja esse ambiente municipal, estadual ou federal. E não concordo com quem diz que ele não é democrático. Não concordo que o voto não obrigatório só levaria às urnas quem é interessado, porque interesse é um termo significativamente relativo, eu preciso saber que interesse é esse, e não são esses ‘nobres’. E o final da eleição ser ‘ruim’ com voto obrigatório, ‘ruim’ também é relativo. O mesmo sujeito que reclama que o brasileiro elegeu o Lula com voto obrigatório não reclama que o brasileiro elegeu o Fernando Henrique Cardoso com o mesmo voto obrigatório”, argumenta Dantas.

O também cientista político e diretor do instituto de pesquisa Cepac Rubens Figueiredo não acredita que, atualmente, a sociedade brasileira tenha condições de implantar o voto facultativo.

“Eu acho que, se você tem uma sociedade com uma tradição de democracia longa, onde as pessoas têm um nível de instrução mais alto, onde o interesse por política é maior, e as desigualdades, menores, eu acho que você tem condições de adotar o modelo facultativo. O Brasil é contrário disso tudo. É uma sociedade desigual, o eleitor é muito pouco escolarizado, pouco informado sobre política, nossa tradição democrática é recente… então, não seria um modelo ideal para você adotar o voto facultativo”, examina Figueiredo.

O mesmo levantamento mostra que, se o voto fosse facultativo, 57% dos eleitores não iriam às urnas (NR: hoje, o voto é opcional para analfabetos, maiores de 70 anos e para quem tem 16 e 17 anos). Na opinião de Rubens Figueiredo, os dados do Datafolha traduzem a insatisfação da população com a política.

“Você faz uma pesquisa dessas no que talvez seja o pior momento em termos de credibilidade das instituições, imagem dos políticos, tem político importante preso, a avaliação da presidente da República, que afeta muito isso aí, está decrescente… Então, é um contexto de altíssima desconfiança em relação à política. E as pessoas pensam ‘meu voto não muda nada’”, analisa o cientista político.

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